Planet Hemp foi uma banda brasileira de rap rock criada por Marcelo D2 e Skunk em 1993 no Rio de Janeiro, tendo como integrantes originais Marcelo D2, Skunk, Rafael, BNegão, Formigão e Bacalhau.
O grupo tinha um explícito posicionamento a favor da legalização da cânabis (maconha) e foi acusado de fazer apologia ao uso, fato que gerou muitas divergências e colocou o Planet Hemp como uma das principais bandas do Brasil na década de 1990.
A banda surgiu num encontro entre Marcelo D2 e Skunk, pelas ruas do Rio de Janeiro, no bairro do Catete. D2 usava uma camisa de uma banda de hardcore e Skunk, artesão e vendedor de camisetas de rock, deu início a um diálogo que daí nasceu a amizade e vocação. Skunk falava de música todo o tempo e nesse momento D2 resolveu que queria ser músico. Originalmente, a banda era para ser de rock, mas nenhum deles sabia tocar qualquer instrumento,por isso optaram pelo rap. O nome da banda foi tirado da revista americana High Times, especializada em cannabicultura, ou seja sobre o cultivo de maconha, e Hemp que, na língua inglesa, significa cânhamo. Esta estratégia de colocar o nome na língua inglesa não foi muito bem-sucedida, pois poucos anos mais tarde o grupo inteiro foi preso por apologia às drogas.
Porém eles não ficaram limitados musicalmente ao Rap, logo vieram se juntar a Marcelo D2 e Skunk, Rafael Crespo, Bacalhau e Formigão, trazendo para o Planet Hemp guitarra, bateria e baixo, fazendo com que as letras de rap de Marcelo D2 e Skunk recebessem um ritmo totalmente novo e original, batizado pela banda por "Raprocknrollpsicodeliahardcoreragga" devido a enorme mescla entre a psicodelia das guitarras, o rap dos vocais e as outras diversas influências musicais da banda. Registraram somente uma única fita demo e seguiram o circuito alternativo em apresentações no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba e em festivais como o Juntatribo (Campinas) e Superdemo. A morte de Skunk, em decorrência da AIDS em 1994, quase decretou o fim do grupo. Mas BNegão, que era presente em todos os concertos, assumiu o outro vocal. A banda conseguiu um contrato com a Sony Music (Superdemo / Chaos) de Elza Cohen e gravaram três álbuns: Usuário (1995), Os Cães Ladram mas a Caravana não Para (1997) e A Invasão do Sagaz Homem Fumaça (2000).
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